Câncer de colo do útero pode ser evitado com exames preventivos e vacinação
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2020 havia uma estimativa de 16.590 novos casos da doença no Brasil. Os últimos dados referentes a óbito são de 2018, quando foram registradas 6.526 mortes.
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. A transmissão da infecção ocorre por via sexual. Consequentemente, o uso de preservativos durante a relação sexual protege parcialmente do contágio pelo HPV.
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer.
Para falar mais sobre a doença, a Medical conversou com a ginecologista Maria Haydée Pinto Uchoa. Segundo ela, normalmente, no início, não aparecem sintomas, mas é possível identificar a doença pelo exame Papanicolau. “Os sintomas podem ser sangramento sem causa, corrimento vaginal alterado, odor ou cor, dor abdominal, sensação de pressão no fundo da barriga e perda de peso, isso em casos avançados”, conta.
“Se tiver alguma suspeita após o Papanicolau, é feita colposcopia, um exame ginecológico feito em laboratório, seguida de biópsia. A biópsia vai dizer se existe célula cancerígena ou não”, completa.
De acordo com a médica, o câncer de colo de útero tem cura, mas precisa ser diagnosticado no início. “O tratamento, dependendo do tipo, a gente pode fazer cirurgia simples, como retirada de parte do útero. Se estiver em grau avançado, partimos para cirurgias mais ampliadas, como histerectomia, retirada de trompas e ovários”, acrescenta.
Ainda segundo Maria Haydee, quem tem maior risco de câncer são mulheres com ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como clamídia e gonorreia, HPV e as com múltiplos parceiros sexuais.
Como sempre reforçamos, o melhor caminho é sempre a prevenção e a Medical está sempre pronta para atender nossos clientes.
MARIA HAYDEE PINTO UCHOA
GINECOLOGIA
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